sábado, 16 de dezembro de 2006

Os Salpicos da Poesia

A vida de um homem é o conjunto dos seus sonhos realizados, dos seus sonhos residuais e dos sonhos diferidos no tempo. Todo o sonho é tendencialmente realizável, no entanto a maior parte deles ficam pelo caminho, outros porém, vêm animados de tal força que o homem deparando-se com a impossibilidade de os realizar, difere-os no tempo sem data marcada, ficando sempre a expectativa de uma realização futura. Por vezes os momentos de sonho que antecedem as realizações são de tal modo intensos, que dão mais prazer que os acontecimentos em si mesmos. Enquanto a realização está sujeita a normas, padrões, convenções sociais, etc., o sonho é livre como o vento e o seu campo de acção é elimitado. Quem não deixou alguns sonhos pelo caminho e os sepultou no fundo do baú das suas memórias. A entrada continua neste BLOG, vai por isso mesmo levar o leitor a fazer uma incursão pelo mundo fantástico dos sonhos de um homem, que quando se deu conta de que tinham já decorrido mais de dois terços da sua vida, adormece de propósito de vez enquando na ânsia de viver em sonhos todos os seus projectos adiados. Mergulha nas águas profundas do oceano da sua imaginação e depara com a turbulência de uma amálgama de sentimentos: Amizade, doação, solidariedade, amor, sexualidade, coragem, aventura, desânimo, frustração, expectativa, esperança, gratidão, prazer e saudades. Mexe e remexe em todas elas, depois de cansado volta ao de cima. Quando emerge, esbraceja com toda a energia da vitalidade que ainda lhe resta e fazendo esparrinhar a poesia que inunda o seu coração e assim acontecem os Salpicos de Poesia. Pacífico

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