terça-feira, 23 de janeiro de 2007

A Janela da Minha Avó

A Janela da minha Avó Janela velhinha e tão só, Voltada ao Sol nascente, Era aí que a minha Avó, Me embalava docemente. Janela da minha Avó, Que eu tanto admirava, Era uma janela vermelha, De rosas emoldurada. Janela de pau de pinho, Onde eu olhava a Lua, Foi ali aquele beijinho, Que provei da boca tua. Janela em frente ao Rio, Que cantava de mansinho, Foi ali na noite ao frio, Que tive o teu carinho. Janela de rosas enfeitada, Bonitas e vermelhinhas, Tua visita mais desejada, Virá com as andorinhas. Pacífico, Primavera de 2006 .

Esta é a Lisboa que eu amo

Esta Lisboa que eu amo
Lisboa dos jardins, Das alamedas e das flores, Lisboa dos meus sonhos, … … Dos meus encantos e meus amores, Lisboa das realidades e das ilusões, Lisboa dos meus sonhos distantes. Lisboa das aventuras ,das grandes emoções, Lisboa é mulher sem idade. Lisboa é fado, és a noite dos amantes. Lisboa do bacalhau assado e das avenidas. Com cheiro de flores e de mar, És local de recordar, Lisboa és encontro de vidas. Serás para sempre Lisboa, o templo do fado e do sonho, Serás sempre Lisboa… a cidade do eterno amar. Pacífico (Primavera -2006 )

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

O Tempo é o meu caminho

O Tempo é o meu Caminho O tempo é o meu caminho. Por onde passa a minha vida Caminho que é trajectória, Que é linha indefinida. É o caminho da minha história. Linha que não é elipse , Nem circunferência Nem tão pouco é uma recta, Porquanto é de acções uma sequência. Quiçá uma hipérbole, que vem do infinito, Que ao infinito voltará. Linha sem princípio nem fim, Porque o eterno faz parte de mim «Pacífico» ,Inverno de 2005

Porque tu não estás...

Porque tu não estás ... ...

Saboreio um belo Cozido á Portuguesa, Delicia-me o sabor e o cheiro dos enchidos, Queria partilhar…Mas tu não estás.

Bebo um Vinho de castas alentejanas seleccionadas, A colheita é especial, é perfume aveludado, Queria que bebesses do meu copo…Mas tu não estás.

Conduzo um BMW de 180 cavalos,Três mil rotações,Quero partilhar a emoção do arranque, …Mas tu não estás.

Olho o Mar, olhos no infinito horizonte azul, Escuto o piar agudo das gaivotas.Quero abandonar-me em teus braços…Mas tu não estás.

Escuto o chilrear dos passarinhos machos,Nos píncaros altos das árvores buscando os seus pares, … Queria ver-te a sorrir e a adivinhar o meu sentir…Mas tu não estás.

Olho embevecido uma paisagem de Montanha, Quero pousar o meu braço sobre teus ombros e contemplar o belo …mas tu não estás.

Admiro um quadro célebre de Júlio Pomar, quero comentar contigo as formas e cores, …Mas tu não estás.

Queria ver-te feliz, por eu te amar,...

mas… mas onde eu estou…, tu nunca estás

Que pena, …. …. ….

«Pacífico »

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Caminhos cruzados

Caminhos cruzados Somos caminhos cruzados Que vieram da eternidade Quem sabe, se seres mal amados, Vindos agora em novas vidas, Querendo vivenciar o amor, Das oportunidades perdidas Alheiam-se do mundo em seu redor, No tempo efémero e fugaz. Envoltos numa aura de amor, Que em plenitude não podem assumir. Sentem a paz de uma companhia, Dão as mãos, trocam olhares, Abraçam-se, … e despendem-se em alegria. Até quando? Nunca dizem, não sabem. Talvez até à nova vida que há de vir
«Pacífico»